27 de set. de 2007

A Via Láctea

Heitor e Júlia se conheceram em uma peça teatral e namoram desde então. Um dia eles discutem por telefone, o que faz com que ela termine o relacionamento. Heitor decide resolver a situação pessoalmente, o que o faz ir de carro até a casa dela. Porém o engarrafamento de São Paulo e diversas outras situações o atrapalham.

A cena inicial é surpreendente: close em Marco Ricca e a música-tema de “Tom & Jerry” tocando. É, “Tom & Jerry” mesmo. A surpresa provocada já aumenta a expectativa pelo que vem a seguir.

Trata-se de um filme não-linear, cuja história é narrada de forma fragmentada e usando muito o flashback. A história se divide entre a busca de Heitor por Júlia, e suas divagações sobre o porquê dela ter rompido o namoro, com questões filosóficas e literárias, envolvendo a vida e situações por eles passadas. O próprio título é uma referência a uma destas questões, que estão espalhadas no decorrer de todo o longa-metragem.

Mesmo com tantas citações e divagações, A Via Láctea sempre se prende, de alguma forma, à busca de Heitor por Júlia. Esta busca toma um rumo confuso em sua 2ª metade, o que faz com que o filme meio que se perca em sua própria história, mas é parcialmente corrigido em seu desfecho, que amarra várias das pontas soltas. Destaque para a trilha sonora, bem escolhida pela diretora Lina Chamie - formada em Música e Filosofia pela Universidade de Nova York -, e para a cena do esconde-esconde na livraria, simples e bonita.

A Via Láctea (idem), de Lina Chamie, Brasil, 2007, 88′

Mostra Première Brasil

Nota: 6,5

Ficha no Adoro Cinema

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