30 de set. de 2007

Déficit

Cristóbal, um jovem mexicano, tem uma vida aparentemente perfeita: é bonito, rico e está prestes a iniciar um curso em Harvard. Num dia ensolarado, reúne os amigos na mansão dos pais para uma festa à beira da piscina. Ao longo do dia, a imagem da perfeição vai se desconstruindo: seu pai é um político corrupto sob investigação, sua irmã mais nova é uma viciada e ele próprio não é o vencedor que quer aparentar. Exibido na Semana da Crítica em Cannes 2007.

O filme tem uma proposta meio Big Brother: reúne vários personagens num mesmo ambiente e vai, aos poucos, revelando quem é quem. E o que percebemos é que estão todos perdidos, confusos e insatisfeitos com suas vidas. Isso fica mais evidente no protagonista, mas também, em menor escala, em todos os demais personagens. A exceção talvez seja a garota argentina, que é a única que parece mais equilibrada.

O problema de Déficit – estréia de Gael García Bernal atrás das câmeras – é que conforme a trama vai ficando mais densa, cria conflitos e gera expectativas que não se realizam. O espectador pressente que aquela fogueira de vaidades se encaminha para culminar em alguma grande explosão, mas esse clímax não se concretiza. O resultado é frustrante.

Déficit (idem), de Gael García Bernal, México, 2007. 75’ (LEP)

Première Latina

Nota: 5,0

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