Andrew Wyke é um romancista de sucesso, cuja esposa o abandonou recentemente. Ele recebe a visita de Milo Tindle, o amante dela, que deseja que Andrew conceda o divórcio. É o início de um duelo entre os dois, envolvendo astúcia e inteligência.
O filme original, Jogo Mortal - ou Trama Diabólica, como foi lançado em VHS/DVD - é brilhante. Surpreendente, inteligente, com reviravoltas e atuações que cativam e não permitem que o espectador desgrude o olhar por um segundo sequer. Por causa disto tinha uma grande expectativa com este filme. E, como às vezes acontece, grandes expectativas geram grandes decepções, mesmo quando o filme não é ruim - ele apenas não é tão bom quanto se esperava. Foi exatamente o que aconteceu aqui.
Trata-se de uma recriação do filme original, já que, apesar de boa parte da história ser mantida, muito foi modificado. A ambientação é high tech, saindo os jogos e brinquedos do original e entrando câmeras de vigilância, decoração moderna e parafernálias eletrônicas. Uma boa mudança, já que atualiza a história e dá um visual bonito e interessante à mansão de Andrew Wyke.
Outra mudança visível é no próprio Andrew Wyke. No original Laurence Olivier o interpretava com uma certa soberba, de alguém muito inteligente que sabe disto e subestima todos à sua volta, brincando de criar jogos para humilhá-los. O Wyke de Michael Caine também tem esta característica, mas bem mais amena. A vingança e o ciúme são os sentimentos mais nítidos, que movem o personagem. Trata-se de uma mudança importante, que torna o duelo existente entre Wyke e Tindle bem mais duro e ofensivo nesta refilmagem.
A grande decepção foi com o terço final da história, inteiramente modificado em relação ao original e com muito menos força. Além disto a trama não fecha de forma tão perfeita, existindo pontas soltas em detalhes, como a aparição das roupas de Milo Tindle.
Mas, apesar da inevitável comparação de quem assistiu a ambos os filmes, é preciso reconhecer: Um Jogo de Vida ou Morte é um bom filme. A direção de Kenneth Branagh é cuidadosa, buscando ângulos diferentes e que exploram a ambientação da mansão Wyke. Michael Caine está bem em cena, enquanto que Jude Law às vezes tem recaídas de sua fase mais afetada, em início de carreira. Só não chega aos pés do original.
Um Jogo de Vida ou Morte (Sleuth), de Kenneth Branagh, EUA, 2007, 86′ (LP)
Mostra Panorama
Nota: 6,5
Ficha no Adoro Cinema
O filme original, Jogo Mortal - ou Trama Diabólica, como foi lançado em VHS/DVD - é brilhante. Surpreendente, inteligente, com reviravoltas e atuações que cativam e não permitem que o espectador desgrude o olhar por um segundo sequer. Por causa disto tinha uma grande expectativa com este filme. E, como às vezes acontece, grandes expectativas geram grandes decepções, mesmo quando o filme não é ruim - ele apenas não é tão bom quanto se esperava. Foi exatamente o que aconteceu aqui.
Trata-se de uma recriação do filme original, já que, apesar de boa parte da história ser mantida, muito foi modificado. A ambientação é high tech, saindo os jogos e brinquedos do original e entrando câmeras de vigilância, decoração moderna e parafernálias eletrônicas. Uma boa mudança, já que atualiza a história e dá um visual bonito e interessante à mansão de Andrew Wyke.
Outra mudança visível é no próprio Andrew Wyke. No original Laurence Olivier o interpretava com uma certa soberba, de alguém muito inteligente que sabe disto e subestima todos à sua volta, brincando de criar jogos para humilhá-los. O Wyke de Michael Caine também tem esta característica, mas bem mais amena. A vingança e o ciúme são os sentimentos mais nítidos, que movem o personagem. Trata-se de uma mudança importante, que torna o duelo existente entre Wyke e Tindle bem mais duro e ofensivo nesta refilmagem.
A grande decepção foi com o terço final da história, inteiramente modificado em relação ao original e com muito menos força. Além disto a trama não fecha de forma tão perfeita, existindo pontas soltas em detalhes, como a aparição das roupas de Milo Tindle.
Mas, apesar da inevitável comparação de quem assistiu a ambos os filmes, é preciso reconhecer: Um Jogo de Vida ou Morte é um bom filme. A direção de Kenneth Branagh é cuidadosa, buscando ângulos diferentes e que exploram a ambientação da mansão Wyke. Michael Caine está bem em cena, enquanto que Jude Law às vezes tem recaídas de sua fase mais afetada, em início de carreira. Só não chega aos pés do original.
Um Jogo de Vida ou Morte (Sleuth), de Kenneth Branagh, EUA, 2007, 86′ (LP)
Mostra Panorama
Nota: 6,5
Ficha no Adoro Cinema
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