Um passeio pelas ruas de Porto Alegre, que começa com um casal de imigrantes chineses dentro de um vagão de metrô.
É preciso, antes de tudo, parabenizar o diretor Gustavo Spolidoro e sua equipe. Realizar um filme com um único plano-sequência não é novidade na história do cinema - vale lembrar de Arca Russa, exibido há poucos anos -, mas a dificuldade na realização de um projeto deste tipo o torna bem raro. Além do próprio roteiro e dos atores, é preciso ter um cuidado especial com o lado técnico e também com a coordenação das próprias filmagens. No caso deste filme isto é ainda mais relevante, já que a história se passa também nas ruas, em meio ao público. Basta uma única pessoa interferir que tudo vai por água abaixo. Ou seja, organização e planejamento neste filme são até mais importantes do que sua própria história. E a preocupação com estes itens é nítida, pelo modo como a câmera acompanha os personagens e, em determinados momentos, focaliza um deles para que o ambiente em torno possa ser preparado para o que vem a seguir.
O filme não tem bem uma história, mas personagens. Personagens que entram e saem da trama e protagonizam diversas situações, algumas bizarras. Há trechos divertidíssimos, como o encontro do chinês com o Papai Noel e tudo o que acontece dentro do ônibus. Vale destacar também a sequência da mulher no apartamento, criativa e muito bem resolvida em seu desfecho, e a final, na festa de 15 anos, pelo velhinho ao fundo da cena. Muito bom filme, uma bela surpresa deste Festival do Rio.
Ainda Orangotangos (idem), de Gustavo Spolidoro, Brasil, 2007, 82′
Mostra Première Brasil - Novos Rumos
Nota: 8,0
Ficha no Adoro Cinema
É preciso, antes de tudo, parabenizar o diretor Gustavo Spolidoro e sua equipe. Realizar um filme com um único plano-sequência não é novidade na história do cinema - vale lembrar de Arca Russa, exibido há poucos anos -, mas a dificuldade na realização de um projeto deste tipo o torna bem raro. Além do próprio roteiro e dos atores, é preciso ter um cuidado especial com o lado técnico e também com a coordenação das próprias filmagens. No caso deste filme isto é ainda mais relevante, já que a história se passa também nas ruas, em meio ao público. Basta uma única pessoa interferir que tudo vai por água abaixo. Ou seja, organização e planejamento neste filme são até mais importantes do que sua própria história. E a preocupação com estes itens é nítida, pelo modo como a câmera acompanha os personagens e, em determinados momentos, focaliza um deles para que o ambiente em torno possa ser preparado para o que vem a seguir.
O filme não tem bem uma história, mas personagens. Personagens que entram e saem da trama e protagonizam diversas situações, algumas bizarras. Há trechos divertidíssimos, como o encontro do chinês com o Papai Noel e tudo o que acontece dentro do ônibus. Vale destacar também a sequência da mulher no apartamento, criativa e muito bem resolvida em seu desfecho, e a final, na festa de 15 anos, pelo velhinho ao fundo da cena. Muito bom filme, uma bela surpresa deste Festival do Rio.
Ainda Orangotangos (idem), de Gustavo Spolidoro, Brasil, 2007, 82′
Mostra Première Brasil - Novos Rumos
Nota: 8,0
Ficha no Adoro Cinema
Nenhum comentário:
Postar um comentário