18 de set. de 2007

Cidade em Cio

Marcos e Sergio encontram-se diariamente no Garllington, cafeteria do amigo Duke, para jogar conversa fora e falar principalmente sobre mulheres. Também planejam reunir-se novamente com os ausentes do grupo: Sebastián, executivo que nunca tem tempo para rever os amigos, e Valeria, charmosa cantora de tango que já se envolveu com cada um deles em uma época diferente.

Trata-se daquela típica história que gira em torno de um local, o que acaba fazendo com que o cenário seja, no final das contas, um personagem tão importante quanto os outros. Embora apresente algumas cenas fora dali, o fio condutor da história é a cafeteria Garllington. É ali que os personagens comem, conversam e paqueram (e como eles paqueram). Podemos dizer que o ambiente de cafeteria tem para os portenhos o mesmo charme que o botequim para os cariocas.

Um filme simpático, que mostra que os machões sul-americanos também são cheios de bloqueios afetivos, frustrações sexuais e um tremendo medo da solidão. Ou seja, uma espécie de Sex and the City versão masculino-latino. Mas, infelizmente, o roteiro tende a privilegiar mais as piadinhas infames do que o interessante tema e a abordagem não ultrapassa a superficialidade. Também é um pouco esquemático o modo como algumas situações se encaixam como num passe de mágica. Tem-se a impressão, a certa altura, de que tudo está ficando “arrumadinho” demais.
Diversão agradável, porém descartável.

Cidade em Cio (Ciudad en Celo), de Hernan Gaffet, Arg/Esp, 2006. 104’ (LEP)

Première Latina

Nota: 5,5

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