17 de set. de 2007

Histórias do Festival - Parte 4

Esta história já ouvi de duas pessoas diferentes. Foi no Festival de 2005, em uma sessão extra de Caché marcada para a meia-noite, no Odeon.

Nem sempre o público compreende o que o diretor propõe no filme - e às vezes é incompreensível mesmo, Lynch que o diga. Quem já assistiu a Caché entenderá melhor o que aconteceu.

O filme começa com uma cena estática, de uma casa sendo vigiada por uma câmera. É uma cena longa, que dura alguns minutos, sem som. Não demora muito para o público começar a reclamar disto:

- Está sem som!- Acorda!

A cena continua e as reclamações também:

- Volta o filme!- Recomeça!

Logo depois aparece na tela como se o filme estivesse retrocedendo, aquela imagem típica de quando isto acontece no video-cassete. O público vai ao delírio:

- Aeeeeeeeeeeeeeee!- Valeu!

Só que o projecionista nada tinha a ver com o ocorrido. O início do filme é exatamente assim. Logo depois surge uma cena com som, onde é explicado o porquê deste início.

Não estava lá, mas imagino que deva ter sido constrangedor.

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