17 de set. de 2007

Mundo Livre

Após perder mais um emprego insatisfatório, Angie resolve que já é hora de ter seu próprio negócio. Experiente na área de recrutamento de trabalhadores imigrantes, abre sua própria agência em sociedade com a amiga Rose. A princípio, Angie faz questão de trabalhar estritamente dentro das leis, mas logo descobre que os imigrantes ilegais são não apenas mais rentáveis como também mais submissos. Selecionado para o Festival de Veneza 2007.

Um típico trabalho de Ken Loach, com seu olhar crítico e altamente politizado sobre as questões trabalhistas inglesas. Seus filmes sempre têm uma visão crítica e sagaz da sociedade britânica, até mesmo quando o foco da trama parece ser outro - caso do romance intercultural Apenas um Beijo. A protagonista de Mundo Livre, que inicia a trama na posição de vítima e assume o papel de predadora sem maiores crises de consciência, é um personagem que assusta por sua verossimilhança. Assim como o painel de uma sociedade desigual, desumana e sem nenhum respeito pelo indivíduo. Me veio à mente uma famosa fala que John Houston diz para Jack Nicholson, no clássico Chinatown: “Muitas pessoas não encaram o fato de que, no lugar certo, na hora certa, são capazes de qualquer coisa.”

Mundo Livre (It’s a Free World…), de Ken Loach, UK/Ale/Esp/Ita/Pol, 2007. 93’(LEP)

Mostra Panorama

Nota: 7,0

Ficha no Adoro Cinema

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