Bem-vindo ao Colégio Museulmo (Sem Uso), onde impera a diversidade religiosa e a total liberdade sexual. Lá, tudo é permitido: usar drogas, transar com os professores, etc. Dentre os alunos, os típicos papéis são levados ao extremo: o perdedor da turma não é simplesmente um garoto gordinho ou de óculos, mas sim um ciclope. A menina pobre não sofre apenas por não ter vestidos novos, ela mora num barraco sem banheiro e se prostitui para sustentar a família. Baseado em Dasepo, uma história em quadrinhos criada para a Internet.
Certamente, um dos filmes mais criativos desse Festival. Desde a empolgante abertura, em clima de High School Musical para maiores, o filme já deixa claro que pretende demolir todos os códigos de filmes para adolescentes. A devassidão que há por trás do mundo cor-de-rosa dos jovens, mostrada com muita irreverência. A primeira seqüência é hilária: um professor substituto informa que está ali porque o professor usual da turma está com uma doença venérea. Ele sugere à meiga Florzinha que procure um médico. Ela reage indignada, mas pede para sair mais cedo. Ao que todos os alunos, incluindo os garotos, começam a sair de fininho, restando apenas um garoto ao fundo da sala. Trata-se de Ciclope, o único virgem da escola. Também não é para menos: o moleque tem um único e enorme olho no meio da testa. Esse é o tom do longa. Destaque para a hilária seqüência que mostra a garoto rico visitando o barraco da menina pobre. Outro detalhe divertidíssimo são os números musicais com letra animada na tela, como se aquilo fosse um karaokê.
O único problema é que o filme tem uma barriga em sua segunda metade, quando abandona um pouco o universo adolescente para inserir uma trama de ficção científica envolvendo um dragão mitológico. Talvez aquilo seja engraçado para os coreanos e tenha muito a ver com suas tradições culturais, mas para nós não faz muito sentido e desvia o foco da história. Ainda mais porque existem outras subtramas mais interessantes do que aquela, como, por exemplo, a do mafioso com uma vida secreta. O longa tem quase duas horas, o que é muito para esse estilo. Se tivesse passado por uma edição mais rigorosa, ficaria excelente.
Em tempo: o título e a inclusão na Mostra Midnight Movies sugerem um filme mais barra-pesada do que ele realmente é. Não se assustem, é mais deboche do que perversão.
As Bonecas Safadas de Dasepo (Dasepo Sonyeo), de Lee Jae-Yong (Coréia do Sul, 2006). 112’ (LEP)
Mostra Midnight Movies
Nota: 7,0
Certamente, um dos filmes mais criativos desse Festival. Desde a empolgante abertura, em clima de High School Musical para maiores, o filme já deixa claro que pretende demolir todos os códigos de filmes para adolescentes. A devassidão que há por trás do mundo cor-de-rosa dos jovens, mostrada com muita irreverência. A primeira seqüência é hilária: um professor substituto informa que está ali porque o professor usual da turma está com uma doença venérea. Ele sugere à meiga Florzinha que procure um médico. Ela reage indignada, mas pede para sair mais cedo. Ao que todos os alunos, incluindo os garotos, começam a sair de fininho, restando apenas um garoto ao fundo da sala. Trata-se de Ciclope, o único virgem da escola. Também não é para menos: o moleque tem um único e enorme olho no meio da testa. Esse é o tom do longa. Destaque para a hilária seqüência que mostra a garoto rico visitando o barraco da menina pobre. Outro detalhe divertidíssimo são os números musicais com letra animada na tela, como se aquilo fosse um karaokê.
O único problema é que o filme tem uma barriga em sua segunda metade, quando abandona um pouco o universo adolescente para inserir uma trama de ficção científica envolvendo um dragão mitológico. Talvez aquilo seja engraçado para os coreanos e tenha muito a ver com suas tradições culturais, mas para nós não faz muito sentido e desvia o foco da história. Ainda mais porque existem outras subtramas mais interessantes do que aquela, como, por exemplo, a do mafioso com uma vida secreta. O longa tem quase duas horas, o que é muito para esse estilo. Se tivesse passado por uma edição mais rigorosa, ficaria excelente.
Em tempo: o título e a inclusão na Mostra Midnight Movies sugerem um filme mais barra-pesada do que ele realmente é. Não se assustem, é mais deboche do que perversão.
As Bonecas Safadas de Dasepo (Dasepo Sonyeo), de Lee Jae-Yong (Coréia do Sul, 2006). 112’ (LEP)
Mostra Midnight Movies
Nota: 7,0
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