30 de jun. de 2008

Quantum of Solace

Saiu agora, quentinho do forno, o 1º teaser de "Quantum of Solace", próximo filme da série 007.

Chama a atenção para a ligação explícita com 007 - Cassino Royale, algo raro de ocorrer na série, e a idéia de um Bond vingativo, possivelmente agindo em desacordo com o MI-5. Bem interessante.

28 de jun. de 2008

Show de Bola

Uma das minhas funções no Adoro Cinema é ler os pressbooks de filmes, para a confecção de novas fichas para o site. De vez em quando surge algo inusitado, que chama a atenção. O de Show de Bola, filme alemão que se passa no Rio, tem vários destes momentos. Segue logo abaixo alguns deles, retirados do trecho em que o diretor Alexander Pickl comenta sobre as filmagens:

"É claro que havia um problema de trabalhar com crianças da favela. Nunca tínhamos certeza se nossos atores principais compareceriam no dia seguinte para a filmagem. Eram justamente esses que queríamos hospedar num hotel. Todos se negaram e continuaram pernoitando em suas favelas com suas famílias. Ou seja, sempre tínhamos medo de que nossos atores principais entrassem numa briga de gangues e fossem mortos."

"Precisamos andar uma vez à noite ao longo da Av. Copacabana, caso queiramos ver qual o valor que tem o futebol no Brasil. Ali realmente cada centímetro quadrado está marcado para campos de futebol de praia."

"Eu sabia que futebol era importante para as pessoas no Brasil, mas que substituísse a religião, isso eu não podia imaginar."

"No Rio de Janeiro e nas favelas, de qualquer forma reina a anarquia e o caos. Quando se combina hoje numa favela um horário de filmagem para amanhã, pode acontecer que se acabe no meio de uma luta de bandos, nem sendo possível usar o cenário do local."

"Muitas vezes éramos alvo de tiros. Uma vez fomos presos pela polícia militar e ameaçados pela máfia das drogas."

"Vimos tudo, até mesmo esquinas como a Villamimosa, que, como turista branco, realmente deveria ser evitada, se não quiser ser morto a tiros depois de 50 metros."

"Tínhamos ainda um outro contato com um expert, que atua como guia nas favelas e consegue extorquir muito dinheiro dos turistas."

"Na zona norte, um bairro onde fazem vodu, só nos foi pedido comprar um certo número de telhas, cimento e tábuas para que eles pudessem arranjar um pouco o seu negócio de vodu. Uma experiência bizarra."

"Como pode ser visto muito bem no filme, vistas a distância, as favelas parecem colméias de abelhas. Em Cantagalo, uma das favelas, descobre-se, de muito longe, no meio desse favo cinzento, uma construção branca e muito alta, que se parece com aquilo que imaginamos ser uma vila de um barão das drogas da Colômbia."

"Por sorte não existe cinema com estímulo olfativo. Em muitas favelas foi necessário juntar todas as forças para que a equipe toda não vomitasse sem parar. O mau cheiro era imenso."

"Não existe falta de tecnologia no Brasil. O fato de que o reconhecimento internacional dos filmes brasileiros fica negado com poucas exceções está relacionado ao fato de que os produtores de filmes de renome se ocupam praticamente apenas com a situação política do país e se deparam com incompreensão e falta de interesse no estrangeiro."

"Eu teria amado filmar, na zona norte, um dos rituais das lendárias magias da macumba. Mas a zona é considerada muito militante e perigosa. Não é raro que atirem dos telhados das casas sobre carros que passam nas rodovias."

Feliz Natal

Confira logo abaixo os dois primeiros teasers de "Feliz Natal", estréia de Selton Mello como diretor. Ainda não há previsão para seu lançamento nos cinemas.

Confira a ficha de Feliz Natal no Adoro Cinema




27 de jun. de 2008

Os 10 Melhores Bigodes

Lista de melhores e piores sempre faz sucesso, nem que seja pelo inusitado de sua existência. Pois é o caso desta. A revista Enquire publicou uma relação dos 10 melhores bigodes da história do cinema. Confira a lista:

4 - Sr. Batata (Toy Story)

6 - Billy Dee Williams (trilogia original Star Wars)

9 - Al Leong (Duro de Matar)

10 - Harry Shearer ("This Is Spinal Tap") / Sam Elliott (O Grande Lebowski)

25 de jun. de 2008

Frase do Dia

"Seja qual for o público de um filme, o autor sempre sente que ele poderia ter chegado a mais gente. Tenho certeza que James Cameron lamenta que haja animais de fazenda por aí que não viram Titanic."

(David Mamet, em entrevista concedida à revista Veja, respondendo sobre sua expectativa para Cinturão Vermelho)

22 de jun. de 2008

Adivinhe quem é


O que uma boa maquiagem não é capaz de fazer. A foto logo acima é de Kate Winslet, devidamente caracterizada para "The Reader". Nele a atriz interpreta uma ex-vigilante de campo de concentração que, já idosa, tenta esconder seu passado nazista. A direção é de Stephen Daldry (As Horas) e o elenco também conta com Ralph Fiennes.

20 de jun. de 2008

Beijo Salgado

Lembra daquelas quermesses de antigamente em que era comum, especialmente no interior do país, uma barraca onde se vendia beijos? Pois algo um pouco parecido ocorreu recentemente em Londres.

Foi recentemente realizado o leilão Grande Filme Britânico, visando a arrecadação de fundos para o National Film and Television School. E um dos itens mais valiosos da noite foi um beijo de Daniel Craig, o atual James Bond. O valor? 19 mil libras esterlinas, algo em torno de R$ 60 mil.

A "compradora" foi Barbara Broccoli, produtora da série 007, que ainda levou pela quantia beijos dos atores Hugh Grant e Robbie Coltrane.

Em tempo: outros itens leiloados foram o traje de Bond em 007 - Cassino Royale (9.500 libras esterlinas) e diversos objetos dos filmes da série Harry Potter (18 mil libras). Por este último mais uma curiosidade: a disputa no leilão foi entre Daniel Craig e Hugh Grant.

19 de jun. de 2008

Se Eu Fosse Você 2

Foi divulgado o 1º teaser de "Se Eu Fosse Você 2", que tem previsão de lançamento para o verão de 2009.

Para conferir basta clicar aqui.

18 de jun. de 2008

Fim dos Tempos



M. Night Shyamalan é uma vítima de seu próprio sucesso. Consagrado com O Sexto Sentido, o diretor desde então tenta repetir a dose usando a mesma fórmula, ou pequenas variações dela. Seus filmes são marcados pelo tom de suspense psicológico, com elementos inusitados e uma reviravolta no final. O problema é que, de tanto usar estes conceitos, Shyamalan tem se tornado repetitivo. Não pelo tema abordado, mas pelo formato usado. O público já espera que seus filmes sejam assim, o que se por um lado auxilia na expectativa - ou não - gerada por outro faz com que o diretor torne-se prisioneiro de um estilo que ele mesmo criou.

O início de "Fim dos Tempos" é puro Shyamalan: misterioso, inusitado, estranho. Em um parque as pessoas simplesmente ficam paralisadas e, após reações anormais, começam a se matar. A causa deste evento é a mola-mestra da história, mas não é tão importante assim. Ela serve mais como desculpa - um tanto quanto esfarrapada, diga-se de passagem - para que o diretor trabalhe a questão da paranóia diante do desconhecido. Pois todos os presentes na trama não têm a menor idéia do que está acontecendo nem o que devem fazer. O desespero e a sensação de fazer algo, mesmo sem ter alguma lógica ou certeza de que dê certo, movem os personagens. Chega a ser algo até mesmo instintivo em determinados momentos, apesar dos envolvidos jamais chegarem a situações animalescas.

Shyamalan é habilidoso em criar ambientes envolvendo o desconhecido, mas recai em situações-clichê do suspense. Como os jovens que repentinamente ganham destaque ou a vilã que surge, já na metade final da história. Ainda assim não são exageros, apenas situações de certa forma antecipadas, que funcionam também devido à sua curta duração: apenas 91 minutos.

Além disto espera-se ao longo de todo o filme uma melhor explicação do que está acontecendo, algo que o diretor não oferece ao público. Uma situação que tem provocado reações indignadas e muitos protestos nas salas de cinema. Entendo a razão dos que reclamam, apesar de considerar aceitável o desfecho encontrado. Não é ele propriamente que me incomoda, mas certas situações criadas - dizer mais seria contar detalhes importantes do filme.

Como um todo, trata-se de um bom filme. Chama a atenção a exagerada censura de 16 anos por aqui, e R nos Estados Unidos, e o contraste da participação de M. Night Shyamalan na história em comparação com sua presença em A Dama na Água. Para quem não notá-lo em cena, atenção aos créditos finais.

Confira a ficha de Fim dos Tempos no Adoro Cinema

15 de jun. de 2008

Philippa Gregory

O tema não é propriamente cinema, apesar de A Outra ser baseado num de seus livros. Mas fica como curiosidade, para os que se interessarem pelo assunto.

Philippa Gregory já escreveu 5 livros sobre a dinastia Tudor: "A Irmã de Ana Bolena" - adaptado no filme recém-lançado -, "A Herança de Ana Bolena", "A Princesa Leal" - focado na vida de Catarina de Aragão, esposa original de Henrique Tudor -, "O Amante da Virgem" - sobre a rainha Elizabeth I - e "The Queen's Fool". Destes apenas o último ainda não foi publicado no Brasil.

Ou seja, se houver interesse ainda há bastante material da autora para novos filmes.

A Outra



Não é de hoje que fatos históricos da Inglaterra são levados ao cinema. "A Outra" apresenta a história do nascimento da igreja anglicana, criada a partir da cisão do rei Henrique Tudor (Eric Bana) com o Vaticano, tendo como foco central a família Bolena. Ou melhor, o antagonismo existente entre as irmãs Ana (Natalie Portman) e Maria (Scarlett Johansson), esta última pouco citada pelos livros de história.

Pouco citada porque pouco se sabe sobre a história real de Maria Bolena. Aqui se usa o mesmo artifício de O Último Rei da Escócia, ao utilizar personagens verídicos em uma história fictícia. Ou pelo menos alterada, já que Philippa Gregory, autora do livro o qual o filme é baseado, deu enfoque maior ao triângulo amoroso entre as irmãs e o rei, recheado de intrigas e jogos de sedução. Diante disto a cisão com o catolicismo é mencionada como uma consequência sem grande importância, o que se por um lado tira do filme o caráter didático por outro faz com que ele se torne um drama banal de disputa amorosa.

Com figurino e direção de arte bem cuidados, algo básico em qualquer filme britânico de época, "A Outra" não traz grandes atrativos. O duelo entre Natalie Portman e Scarlett Johansson é vencido com sobras pela primeira, devido ao carisma de Portman e também ao ar quase sempre assustado de Johansson. Já Eric Bana faz do seu Henrique Tudor um rei teimoso e orgulhoso, que conduz sua vida e reinado de acordo com seus instintos e nada mais.

Como lembrança das aulas de história "A Outra" até tem alguma relevância, apesar destas mudanças sempre colocarem em dúvida a veracidade do que é exibido em cena. Como filme é apenas mediano.

Confira a ficha de A Outra no Adoro Cinema

13 de jun. de 2008

Arquivo X 2 - Trailer

Seis anos após o fim da série, "Arquivo X" está de volta. Com lançamento mundial marcado para 25 de julho, a partir desta sexta será exibido nos cinemas brasileiros o novo trailer de "Arquivo X - Eu Quero Acreditar". Para conferir basta ver logo abaixo.

Um pequeno comentário pessoal sobre este retorno. "Arquivo X" foi uma série marcante, que se perdeu por ter sido estendida demais. Um 2º filme tantos anos após seu fim soa mais como tentativa do criador Chris Carter e dos atores David Duchovny e Gillian Anderson em voltar à mídia, em uma aposta de relativa segurança, do que propriamente em concluir a série. Mas ao menos o filme traz de volta Fox Mulder. Porque não dá para conceber "Arquivo X" sem o personagem - e tentar manter a série sem ele foi uma das causas de sua decadência.


12 de jun. de 2008

Futebol no Cinema

Que brasileiro adora futebol não é novidade alguma. Pois a torcida do Fluminense na cidade de Petrópolis encontrou um meio inusitado de acompanhar o 1º jogo da final da Libertadores: através do telão de uma sala de cinema.

Segundo Geraldo Barros, um dos organizadores do evento, a idéia veio de um professor de marketing da faculdade. A partir de então houve o acordo com o gerente do cinema, que alugou duas salas a partir das 21 hs do próximo dia 25. A expectativa é que até 430 pessoas compareçam ao evento, que terá ingresso antecipado custando R$ 15 e, no dia do jogo, a R$ 25.

11 de jun. de 2008

Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal



Durante muito tempo disse que este era o filme do ano. Não que fosse o melhor filme do ano, mas sim que era o mais aguardado. Indiana Jones não é só um ícone do cinema mas também um mito para quem está hoje entre os 25 e 40 anos, ou seja, aqueles que tiveram a oportunidade de assistir ao menos um dos filmes anteriores no cinema. O trailer já prometia bastante. Mas existe um ditado que é implacável: quanto maior a expectativa, maior é o risco do tombo. E o 4º Indiana Jones tropeça feio.

Tropeça em comparação aos filmes anteriores, é bom ressaltar. E o maior problema é justamente um dos méritos da trilogia: o roteiro. Há uma série de situações atribuladas, rocambolescas, onde praticamente de tudo é ligado a Indiana Jones. O personagem sempre esteve relacionado a situações envolvendo magia e misticismo, mas daí a partir para extra-terrestres chega a ser apelação. Mas quando isto acontece já está tudo tão zoneado que o fato nem chega a ter tanta relevância. O importante é que o caminho percorrido por Indiana para atingir seu objetivo é mal explorado, pois as descobertas e os enigmas são simplórios demais. Há uma preocupação maior em criar situações de ação do que em contar uma boa história. Seqüências inteiras, como a do teste atômico, poderiam ser retiradas sem qualquer prejuízo.

Além disto este novo filme não traz qualquer momento marcante para a série. Há uma excelência nos efeitos especiais, que provavelmente garantirá uma indicação ao próximo Oscar, mas só. Os melhores momentos são as referências a elementos clássicos, como o uso do chicote, o medo a cobras de Indiana Jones, a aparição-relâmpago da arca perdida, as situações envolvendo insetos e a clássica música-tema - quase sempre executada apenas parcialmente, como se fosse uma pequena provocação de John Williams, que apenas permite que o espectador a ouça por completo no fim. As cenas de ação são razoáveis, com destaque maior para a perseguição à moto e a com os carros, próximo da cachoeira.

Um filme apenas mediano, que torna-se decepcionante pelo simbolismo em torno do personagem. Indiana Jones merecia tratamento melhor.

Confira a ficha de Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal no Adoro Cinema

Retorno

Vários dos leitores do Adoro Cinema têm enviado mensagens nos últimos dias devido à falta de postagens recentes no blog. Reclamações com razão. Devido a questões pessoais tive que me ausentar por algum tempo. Um recesso necessário que, felizmente, chega ao final.

A partir de agora o Blog Adoro Cinema voltará a ser atualizado normalmente, com notícias, críticas de filmes e comentários sobre assuntos relevantes e curiosos relacionados à sétima arte. A todos os nossos leitores, bom proveito.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...