O filme é ambientado em 1970. Anna é uma menina parisiense de nove anos, que tem uma vida confortável e tranqüila. Até que seus pais viajam ao Chile, logo após a eleição de Salvador Allende, e retornam empolgados com idéias socialistas. Subitamente, a vida familiar muda por completo: reuniões políticas, mudança para um apartamento menor, visitas inesperadas de amigos estranhos, enfim, uma nova realidade que Anna não compreende e não deseja vivenciar.
Sabe a Mafalda, aquela garotinha dos quadrinhos que desespera os pais com suas perguntas indiscretas sobre política? Pois a gracinha Nina Kervel, com sua expressão enfezada, é a reprodução em carne e osso da garotinha argentina. E grande parte do mérito do divertido A Culpa é do Fidel pode ser creditado a essa pequena grande atriz. Mas não é só. A trama inteligente faz pensar sobre a viabilidade das utopias na vida diária. Através da mentalidade direta e franca de uma criança, que expõe o que pensa sem meias-palavras, o irônico roteiro evidencia o quanto as convicções e decisões dos chamados adultos podem ser motivadas por impulsos infantis. Os pais de Anna não são socialistas de coração, apenas estão buscando um sentido para suas existências e tentam se redimir de omissões passadas. E Anna não quer saber de palavras de ordem ou filosofia, ela só sabe que tinha uma boa vida que, de repente, lhe foi arrancada simplesmente porque seu pai teve uma tardia crise de consciência e mudou a vida de toda a família sem que ela ou seu irmão pudessem opinar. Divertido e filosófico.
A Culpa é do Fidel! (La Faute à Fidel), de Julie Gavras, França, 2006. 99’ (LEP)
Mostra Expectativa
Nota: 7,0
Ficha no Adoro Cinema
Sabe a Mafalda, aquela garotinha dos quadrinhos que desespera os pais com suas perguntas indiscretas sobre política? Pois a gracinha Nina Kervel, com sua expressão enfezada, é a reprodução em carne e osso da garotinha argentina. E grande parte do mérito do divertido A Culpa é do Fidel pode ser creditado a essa pequena grande atriz. Mas não é só. A trama inteligente faz pensar sobre a viabilidade das utopias na vida diária. Através da mentalidade direta e franca de uma criança, que expõe o que pensa sem meias-palavras, o irônico roteiro evidencia o quanto as convicções e decisões dos chamados adultos podem ser motivadas por impulsos infantis. Os pais de Anna não são socialistas de coração, apenas estão buscando um sentido para suas existências e tentam se redimir de omissões passadas. E Anna não quer saber de palavras de ordem ou filosofia, ela só sabe que tinha uma boa vida que, de repente, lhe foi arrancada simplesmente porque seu pai teve uma tardia crise de consciência e mudou a vida de toda a família sem que ela ou seu irmão pudessem opinar. Divertido e filosófico.
A Culpa é do Fidel! (La Faute à Fidel), de Julie Gavras, França, 2006. 99’ (LEP)
Mostra Expectativa
Nota: 7,0
Ficha no Adoro Cinema
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