27 de set. de 2007

Blood Brothers

Kang, Feng e Xiao Hu são irmãos e vivem numa pequena cidade do interior da China. Eles sonham em se mudar para Xangai e, quando conseguem, passam a trabalhar no Clube Paraíso, uma espécie de restaurante com shows diários. O local é comandado pelo mestre Hong, um influente produtor de cinema que também tem negócios no crime. Logo Kang ascende na organização, sendo o responsável por realizar “serviços sujos” para Hong. Os irmãos o ajudam em seu trabalho, até que a ordem para matar a cantora do Clube Paraíso faz com que eles se dividam.

Eis um filme que gostaria de ver refilmado, por um bom diretor. A história não é ruim, mas é muito mal desenvolvida. O início bucólico, ressaltando a inocência da cidade-natal, chega a ser irritante de tão ingênuo. A trilha sonora é repetitiva ao extremo, seguindo a linha do cinema hollywoodiano. Você a ouve e a reconhece de dezenas de outros filmes, é inevitável para quem tem alguma bagagem cinematográfica.

O filme apenas melhora quando os irmãos passam a trabalhar com Hong. É neste ponto que ele mostra que poderia ser um bom filme de gângsters, pois os elementos necessários estão lá: a ascensão ao poder, o conflito entre irmãos, as dúvidas em torno de suas atitudes, o contraste entre o que eram e no que se tornaram. Só que, mesmo nesta fase, a direção prejudica. Até mesmo as cenas de ação são rápidas demais, sem que haja uma boa preparação para que sejam o ápice da história. A sensação que fica é a de um bom material que foi mal aproveitado, o que torna o filme apenas mediano.

Blood Brothers (Tiang Tang Kou), de Alexi Tan, Taiwan, 2007, 95′ (LEP)

Mostra Panorama

Nota: 5,0

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