22 de set. de 2007

Partes Usadas

O adolescente Iván é criado pelo tio Jaime, que tira seu sustento de um desonesto esquema de desmanche e revenda de partes de carros roubados. Os dois têm planos de emigrar ilegalmente para os Estados Unidos e começar vida nova em Chicago, mas, para tanto, precisam levantar dinheiro para pagar o coiote. É quando Jaime decide eliminar os intermediários e usar os talentos do próprio sobrinho para conseguir as peças roubadas. Premiado no Festival de Guadalajara 2007.

Bom filme, embora as situações se desenrolem de forma excessivamente linear. Ainda assim, mantém o interesse pelo triste retrato de uma infância corrompida dentro da própria família. A desonestidade do negócio de Jaime é apenas um dos aspectos dos péssimos exemplos que o personagem dá a um menino de 14 anos. Iván é usado, explorado e traído e o que mais incomoda é que a figura do tio não é a de um monstro desumano e sim de um sujeito aparentemente boa-praça.

O problema do longa é que a previsibilidade do roteiro tira o impacto que uma história como essa poderia gerar e, por conta disso, Partes Usadas acaba se tornando um desses filmes bacaninhas porém facilmente esquecíveis.

Partes Usadas (idem), de Aarón Fernández, Mex/Fra/Esp, 2007. 95’ (LEP)

Première Latina

Nota: 6,0

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