Uma radialista e seu noivo são atacados à noite, o que faz com ele morra e ela permaneça em coma por 3 semanas. Após se recuperar, ela sente-se insegura e compra uma arma. A partir de então ela inicia uma ronda noturna por Nova York, em busca de justiça.
Certos filmes são mais interessantes pelo que indicam do que propriamente pelo que são. Valente é um filme convencional, corriqueiro, longe dos melhores momentos de Neil Jordan e Jodie Foster. Sua história lembra a do personagem em quadrinhos Justiceiro, mas com uma ambientação mais realista. Trata-se de um filme apenas mediano, que usa diálogos e cenas clichês típicas de filmes policiais. Mas há um ponto, realçado de leve no decorrer da história e muito em seu desfecho, que chama a atenção: a defesa da justiça pelas próprias mãos.
Este é o 2º filme americano deste ano que faz isto - o anterior foi o fraco Atirador. O tema não é recente, pelo contrário, mas chama a atenção pelos dois filmes serem bancados por grandes estúdios norte-americanos. Este tipo de tema, e sua defesa explícita, não é comum neste ambiente, que costuma ser bem conservador. Sua presença é um reflexo do momento atual dos Estados Unidos, de falta de confiança e medo generalizado. Não basta apenas confiar no governo, a população precisa fazer sua parte, mesmo que seja por conta própria. E, indo mais além, tem também como influência certos atos do governo Bush, como a invasão ao Iraque sob a alegação da existência de armas de destruição em massa e sem a aprovação da ONU. Neste caso, agora não mais sob o aspecto pessoal e sim de um país, também é a justiça - ao menos sob a ótica de quem a pratica - pelas próprias mãos, sem obedecer a quaisquer regras, legais ou morais.
Valente não é um bom filme pelo que apresenta, mas chama bastante a atenção por revelar esta faceta dos Estados Unidos e o quanto ela tem ganho força nos dias atuais.
Valente (The Brave One), de Neil Jordan, EUA/Austrália, 2007, 119′ (LP)
Mostra Panorama
Nota: 5,5
Ficha no Adoro Cinema
Certos filmes são mais interessantes pelo que indicam do que propriamente pelo que são. Valente é um filme convencional, corriqueiro, longe dos melhores momentos de Neil Jordan e Jodie Foster. Sua história lembra a do personagem em quadrinhos Justiceiro, mas com uma ambientação mais realista. Trata-se de um filme apenas mediano, que usa diálogos e cenas clichês típicas de filmes policiais. Mas há um ponto, realçado de leve no decorrer da história e muito em seu desfecho, que chama a atenção: a defesa da justiça pelas próprias mãos.
Este é o 2º filme americano deste ano que faz isto - o anterior foi o fraco Atirador. O tema não é recente, pelo contrário, mas chama a atenção pelos dois filmes serem bancados por grandes estúdios norte-americanos. Este tipo de tema, e sua defesa explícita, não é comum neste ambiente, que costuma ser bem conservador. Sua presença é um reflexo do momento atual dos Estados Unidos, de falta de confiança e medo generalizado. Não basta apenas confiar no governo, a população precisa fazer sua parte, mesmo que seja por conta própria. E, indo mais além, tem também como influência certos atos do governo Bush, como a invasão ao Iraque sob a alegação da existência de armas de destruição em massa e sem a aprovação da ONU. Neste caso, agora não mais sob o aspecto pessoal e sim de um país, também é a justiça - ao menos sob a ótica de quem a pratica - pelas próprias mãos, sem obedecer a quaisquer regras, legais ou morais.
Valente não é um bom filme pelo que apresenta, mas chama bastante a atenção por revelar esta faceta dos Estados Unidos e o quanto ela tem ganho força nos dias atuais.
Valente (The Brave One), de Neil Jordan, EUA/Austrália, 2007, 119′ (LP)
Mostra Panorama
Nota: 5,5
Ficha no Adoro Cinema
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