14 de set. de 2007

Histórias do Festival

1999, 1º Festival do Rio. Tinha decidido pegar uma sessão dupla no cinema Paissandu, “Tudo Sobre Minha Mãe” e “Tango“. Ao chegar veio logo o susto: uma fila imensa na bilheteria, que se estendia calçada afora. No vidro já tinha o aviso: “Sessão de 14:30 hs esgotada”. A fila em questão era para a sessão seguinte de “Tudo Sobre Minha Mãe“, às 19:30 hs, cujos ingressos ainda não tinham sido colocados à venda.

Ao lado havia uma pequena fila, com umas 10 pessoas, para a sessão de 16:30 hs de “Tango”. Já desistindo do filme de Almodóvar, entrei nela. Comprei o ingresso e perguntei, meio sem esperança, se estava vendendo para “Tudo Sobre Minha Mãe“. Para minha surpresa, a bilheteira disse que estava. Não perdi tempo e garanti o ingresso para a sessão.

Após 2 hs matando tempo pelos arredores do cinema, assisti “Tango“. Sessão quase lotada, com destaque para um senhor de idade que cantarolava as canções do filme, emocionado.

Fim de sessão, as pessoas se dirigem à saída e descobrem que ela está praticamente bloqueada. Do lado de fora há uma multidão, ansiosa por assistir ao novo Almodóvar. Empurra-empurra, gritaria, reclamações… e o tempo passando, com a sessão de “Tudo Sobre Minha Mãe” se aproximando.

A sessão já deveria ter começado há 20 minutos e a situação permanecia na mesma. Muita gente dentro do cinema esperando tudo se acalmar, eu inclusive, apenas observando a confusão. Até que chega o gerente e ordena:

- Libera a entrada. Quem já estava aqui dentro pode ficar e assistir ao filme.

Os corredores, o fumódromo - sim, o Paissandu tem um, atrás das poltronas -, os acessos… tudo ficou repleto de gente. Foi a sessão mais hiperlotada que assisti até hoje.

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