Numa cidadezinha americana, estranhos experimentos são realizados numa base militar. Cherry, uma go-go girl, encontra num café de beira de estrada El Wray, seu antigo amor. Ele oferece uma carona, mas no meio do caminho o casal é atacado por bizarras criaturas que comem a perna da moça. Enquanto isso, os médicos William e Dakota são surpreendidos no hospital por uma legião de decepados e mutilados, que logo se revelam zumbis assassinos. Os mostros avançam sobre a cidade, disseminando o terror.
Em conjunto com o já comentado À Prova de Morte, Planeta Terror é a outra metade de Grindhouse, projeto duplo realizado por Robert Rodriguez e Quentin Tarantino. A proposta era criar um filme intencionalmente barato, com efeitos toscos e muito sangue. Em termos de proposta, podemos dizer que Rodriguez se saiu melhor que Tarantino. Seu filme realmente parece uma bomba barata feita nos anos 60/70. Imagem cheia de chuviscos e riscos, fotografia granulada, roteiro mirabolante e muitas tomadas nojentas.
Mas, num incrível paradoxo, reside justamente na competência em seguir o proposto o maior problema de Planeta Terror. Rodriguez levou a missão tão a sério que a precariedade do filme incomoda. Enquanto o longa de Tarantino brinca com os “defeitos especiais”, inserindo-os ocasionalmente, Rodriguez realmente fez o filme inteiro daquele modo. E por mais que o espectador esteja ciente de que aquela pobreza técnica é intencional, depois de um certo tempo fica cansativo. Mas não se pode negar que a idéia é criativa e só mesmo dois loucos com muito prestígio poderiam realizá-la. Também vale ressaltar o genial falso trailer que precede o filme em si. Uma pérola.
Detalhe: a sessão em que assisti ao longa teve um bônus que ajudou a entrar no clima. Devido a um atraso na chegada de um dos rolos do filme, a projeção teve que ser paralisada no meio para a troca do mesmo. Muito Grindhouse. Só faltou a platéia começar uma guerra de pipocas.
Planeta Terror (Planet Terror), de Robert Rodriguez, EUA, 2007. 97’ (LP)
Mostra Panorama
Nota: 6,5
Em conjunto com o já comentado À Prova de Morte, Planeta Terror é a outra metade de Grindhouse, projeto duplo realizado por Robert Rodriguez e Quentin Tarantino. A proposta era criar um filme intencionalmente barato, com efeitos toscos e muito sangue. Em termos de proposta, podemos dizer que Rodriguez se saiu melhor que Tarantino. Seu filme realmente parece uma bomba barata feita nos anos 60/70. Imagem cheia de chuviscos e riscos, fotografia granulada, roteiro mirabolante e muitas tomadas nojentas.
Mas, num incrível paradoxo, reside justamente na competência em seguir o proposto o maior problema de Planeta Terror. Rodriguez levou a missão tão a sério que a precariedade do filme incomoda. Enquanto o longa de Tarantino brinca com os “defeitos especiais”, inserindo-os ocasionalmente, Rodriguez realmente fez o filme inteiro daquele modo. E por mais que o espectador esteja ciente de que aquela pobreza técnica é intencional, depois de um certo tempo fica cansativo. Mas não se pode negar que a idéia é criativa e só mesmo dois loucos com muito prestígio poderiam realizá-la. Também vale ressaltar o genial falso trailer que precede o filme em si. Uma pérola.
Detalhe: a sessão em que assisti ao longa teve um bônus que ajudou a entrar no clima. Devido a um atraso na chegada de um dos rolos do filme, a projeção teve que ser paralisada no meio para a troca do mesmo. Muito Grindhouse. Só faltou a platéia começar uma guerra de pipocas.
Planeta Terror (Planet Terror), de Robert Rodriguez, EUA, 2007. 97’ (LP)
Mostra Panorama
Nota: 6,5
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