5 de out. de 2007

Vá Logo e Volte Tarde

Jean-Baptiste é um conceituado policial que está diante de um caso inusitado: alguém está pintando nas portas de prédios de Paris um estranho símbolo, relacionado à época em que a peste negra dizimou grande parte da população européia. Além disto são enviadas mensagens através de um homem que lê cartas numa praça bem no centro da cidade, as quais alertam para o retorno da peste. Jean-Baptiste é conhecido por seu “sexto sentido” ao perseguir criminosos, mas está agora abalado devido ao fim de um relacionamento.

Filme de suspense banal, que segue à risca a fórmula do gênero: um criminoso engenhoso, cujo motivo é desconhecido e que dá bastante trabalho à polícia. A idéia de ligar os ataques à peste negra é boa, especialmente na repercussão que isto traz à população de Paris. Quando os ataques tornam-se públicos nasce um natural desespero, com os próprios habitantes pintando suas portas com o símbolo e passando a usar máscaras, por medo de contrair a peste. Algo não muito diferente do que pôde ser conferido em Nova York, pouco após os ataques terroristas de 11 de setembro. Porém a atitude das pessoas diante de notícias deste tipo, com a consequente auto-defesa que de alguma forma tentam ter, é mostrada apenas por alto. O foco da história não é este, e sim a perseguição de Jean-Baptiste ao assassino. Ou seja, o mesmo jogo de gato-e-rato da grande maioria dos suspenses policiais.

Ainda assim é um filme mediano, que peca em dois grandes pontos: o “sexto sentido” de Jean-Baptiste, que repentinamente indica o rumo correto da investigação; e a direção de Régis Wargnier, que dá boas pistas sobre quem é o assassino ao dar especial atenção, sem motivo aparente naquele instante, a determinados personagens.

Vá Logo e Volte Tarde (Pars Vite et Reviens Tard), de Régis Wargnier, França, 2007, 116′ (LEP)

Mostra Panorama

Nota: 5,5

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