Dindi é a dona de uma quitanda tradicional, que está na família há três gerações. Ela enfrenta dificuldades devido à inauguração de um supermercado, que fez com que tenha uma grande dívida com o açougueiro. Simultaneamente surge em sua vida um estranho homem, que tenta entrar em contato com ela.
Nos anos 70 e 80, principalmente, o cinema brasileiro ficou conhecido por seus filmes autorais, feitos para um grupo reduzidíssimo de pessoas e sem qualquer preocupação em atender ao espectador comum. Foi nesta época - não apenas por este motivo, mas também por isto -, que nasceu no inconsciente coletivo a idéia de que “cinema nacional não presta”. Um preconceito que durou por muito tempo e que apenas reverteu, parcialmente, a partir da Retomada.
“Meu Nome é Dindi” lembra bastante os filmes desta época. É cinema pelo cinema, experimental, sem qualquer preocupação com mercado ou público. O que não é demérito, pois quando bem feito este tipo de filme pode ganhar tons simbólicos ou intrigantes que chamem a atenção. Mas também não é isto que acontece. Os simbolismos mostrados são rasos, gratuitos. A história é mal narrada, com personagens surgindo e desaparecendo repentinamente. A própria trama é frágil, já que o tema inicial, da dívida com o açougueiro, é abandonado sem grandes explicações. Aliás, explicação é o que menos há neste filme.
O desastre é tamanho que até mesmo Gustavo Falcão, bom ator, está canastrão em cena. Djin Sganzerla até se esforça mas é prejudicada pelo roteiro, que não permite que sua personagem se desenvolva. Isto fora a falta de cuidado com detalhes da própria caracterização dos personagens, como a vizinha que pede algo e, ao surgir em cena, parece que está posando para um álbum ou o cabelo do próprio Gustavo Falcão, incompatível para qualquer militar que tente aparentar alguma veracidade. Pode-se até dar um certo desconto pela rapidez com que o filme foi rodado, apenas uma semana, mas com tantas falhas talvez a melhor opção fosse trabalhar mais lentamente, de forma que o roteiro e o próprio filme pudessem ser melhor desenvolvidos.
Meu Nome é Dindi (idem), de Bruno Safadi, Brasil, 2007, 85′
Mostra Première Brasil - Novos Rumos
Nota: 1,0
Nos anos 70 e 80, principalmente, o cinema brasileiro ficou conhecido por seus filmes autorais, feitos para um grupo reduzidíssimo de pessoas e sem qualquer preocupação em atender ao espectador comum. Foi nesta época - não apenas por este motivo, mas também por isto -, que nasceu no inconsciente coletivo a idéia de que “cinema nacional não presta”. Um preconceito que durou por muito tempo e que apenas reverteu, parcialmente, a partir da Retomada.
“Meu Nome é Dindi” lembra bastante os filmes desta época. É cinema pelo cinema, experimental, sem qualquer preocupação com mercado ou público. O que não é demérito, pois quando bem feito este tipo de filme pode ganhar tons simbólicos ou intrigantes que chamem a atenção. Mas também não é isto que acontece. Os simbolismos mostrados são rasos, gratuitos. A história é mal narrada, com personagens surgindo e desaparecendo repentinamente. A própria trama é frágil, já que o tema inicial, da dívida com o açougueiro, é abandonado sem grandes explicações. Aliás, explicação é o que menos há neste filme.
O desastre é tamanho que até mesmo Gustavo Falcão, bom ator, está canastrão em cena. Djin Sganzerla até se esforça mas é prejudicada pelo roteiro, que não permite que sua personagem se desenvolva. Isto fora a falta de cuidado com detalhes da própria caracterização dos personagens, como a vizinha que pede algo e, ao surgir em cena, parece que está posando para um álbum ou o cabelo do próprio Gustavo Falcão, incompatível para qualquer militar que tente aparentar alguma veracidade. Pode-se até dar um certo desconto pela rapidez com que o filme foi rodado, apenas uma semana, mas com tantas falhas talvez a melhor opção fosse trabalhar mais lentamente, de forma que o roteiro e o próprio filme pudessem ser melhor desenvolvidos.
Meu Nome é Dindi (idem), de Bruno Safadi, Brasil, 2007, 85′
Mostra Première Brasil - Novos Rumos
Nota: 1,0
Um comentário:
Filme cheio de clichês do começo ao fim: o pior deles é a já batida saída "tudo não passou de um sonho". Francamente. Nem em redação escolar se usa mais esse recurso narrativo. Faltou criatividade para gastar os poucos recursos destinado ao cinema nacional.
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