Uma coletânea de curtas-metragens de 35 diretores de diversas partes do planeta, cada um deles com 3 minutos de duração e tendo o cinema como tema.
Filmes compostos por curtas costumam ser irregulares - exceção feita ao ótimo Paris, Te Amo. Este ainda tem o problema de que cada curta tem apenas 3 minutos, o que limita bastante a criatividade dos diretores. Com isso pode-se perceber que certos temas se repetem, como a presença de um cego vendo um filme, carícias na sala escura ou memórias afetivas ligadas ao cinema. A falta de tempo disponível fez com que os diretores muitas vezes optassem para o lugar comum em torno do cinema, ao invés de tentarem desenvolver ou criar algo diferente.
Entretanto as memórias afetivas são as que proporcionam os melhores momentos de "Cada Um Com Seu Cinema”, por serem mais fiéis ao espírito do filme proposto por Gilles Jacob, presidente do Festival de Cannes, que bancou o filme como forma de comemorar os 60 anos do evento. Todos temos nossas memórias ligadas ao cinema, o que nos aproxima ao ver algum dos diretores retratando este tipo de sentimento. O curta de Claude Lelouch, por exemplo, é primoroso neste sentido. Os de Nanni Moretti, falando sobre os ídolos e as diferentes formas de se ver cinema; de Abbas Kiarostami, retratando as reações do público a Romeu e Julieta; e de Youssef Chahine, apresentando uma situação de sua própria carreira dentro do Festival de Cannes, também seguem este estilo e estão entre os melhores.
Há ainda os curtas que conseguem ser criativos, desenvolvendo uma história em tão pouco tempo, como os de Roman Polanski, David Cronenberg e Lars von Trier. Todos também muito bons. Já os demais variam entre o mediano e o fraco, com destaque negativo para os diretores que resolveram ignorar o tema e rodar curtas sobre o que quisessem, sem nada ter a ver com cinema. Wim Wenders e Manoel de Oliveira estão nesta lista.
Cada Um Com Seu Cinema (Chacun Son Cinema), França, 2007, 119′ (LEP)
Mostra Cannes 60 Anos
Nota: 6,0
Filmes compostos por curtas costumam ser irregulares - exceção feita ao ótimo Paris, Te Amo. Este ainda tem o problema de que cada curta tem apenas 3 minutos, o que limita bastante a criatividade dos diretores. Com isso pode-se perceber que certos temas se repetem, como a presença de um cego vendo um filme, carícias na sala escura ou memórias afetivas ligadas ao cinema. A falta de tempo disponível fez com que os diretores muitas vezes optassem para o lugar comum em torno do cinema, ao invés de tentarem desenvolver ou criar algo diferente.
Entretanto as memórias afetivas são as que proporcionam os melhores momentos de "Cada Um Com Seu Cinema”, por serem mais fiéis ao espírito do filme proposto por Gilles Jacob, presidente do Festival de Cannes, que bancou o filme como forma de comemorar os 60 anos do evento. Todos temos nossas memórias ligadas ao cinema, o que nos aproxima ao ver algum dos diretores retratando este tipo de sentimento. O curta de Claude Lelouch, por exemplo, é primoroso neste sentido. Os de Nanni Moretti, falando sobre os ídolos e as diferentes formas de se ver cinema; de Abbas Kiarostami, retratando as reações do público a Romeu e Julieta; e de Youssef Chahine, apresentando uma situação de sua própria carreira dentro do Festival de Cannes, também seguem este estilo e estão entre os melhores.
Há ainda os curtas que conseguem ser criativos, desenvolvendo uma história em tão pouco tempo, como os de Roman Polanski, David Cronenberg e Lars von Trier. Todos também muito bons. Já os demais variam entre o mediano e o fraco, com destaque negativo para os diretores que resolveram ignorar o tema e rodar curtas sobre o que quisessem, sem nada ter a ver com cinema. Wim Wenders e Manoel de Oliveira estão nesta lista.
Cada Um Com Seu Cinema (Chacun Son Cinema), França, 2007, 119′ (LEP)
Mostra Cannes 60 Anos
Nota: 6,0
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