5 de out. de 2007

As Rosas do Deserto

Durante a 2ª Guerra Mundial um batalhão médico italiano é enviado para o deserto da Líbia. Eles são designados para cuidar dos feridos mas têm pouco contato com a guerra, a qual sabem detalhes através de jornais e comentários. Com isso o comandante passa os dias escrevendo cartas de amor para sua esposa, enquanto que os demais integrantes buscam algo para ocupar o tempo.
Fica nítido que o diretor Mario Monicelli - atualmente com 92 anos - teve um orçamento apertado para dirigir este filme. Apesar do distanciamento da guerra ser requerido pela própria história, há momentos em que é possível perceber que determinadas situações não são mostradas devido a esta opção, mas pela impossibilidade da própria produção. Outro momento em que isto pode ser notado é nos veículos usados, cuja pintura aparenta ser bastante recente, sem que tenha sido feito um processo para desgastá-la. Estes pequenos detalhes fazem com que o filme perca bastante de sua veracidade.

Monicelli traz aqui um misto de comédia e drama envolvendo a guerra. Algo parecido com o que Roberto Benigni fez com A Vida é Bela, só que com bem menos impacto e qualidade. O filme chega a divertir em alguns momentos, principalmente pelo lado meio atabalhoado típico dos italianos e a rixa que aos poucos nasce com o exército alemão. Por outro lado há sempre a sombra da guerra que, apesar de pouco ser vista, influencia de forma decisiva. Bom filme, com destaque especial para o frade, que tem algumas das melhores tiradas da história.

As Rosas do Deserto (Le Rose del Deserto), de Mario Monicelli, Itália, 2006, 102′ (LEP)

Mostra Panorama

Nota: 6,5

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