O filme narra a saga de Florentino Ariza, que dedica sua vida inteira a obter o amor da inalcançável Fermina Daza. Entretanto, sua obstinação em conquistar a amada não impede que ele a busque em todas as outras mulheres do mundo. Adaptação do romance (quase) homônimo de Gabriel García Márquez.
Adaptações são sempre problemáticas, ainda mais quando se trata de um romance tão consagrado como este. E justiça seja feita: Mike Newell realizou uma transposição competente, mantendo-se bastante fiel ao espírito do livro. O roteiro é bem estruturado e só peca por soar um pouco literário demais em algumas falas, mas nada que comprometa seriamente o trabalho geral. O elenco também é bom, com destaque para o intenso Javier Bardem – e sua incrível capacidade de conferir veracidade a qualquer personagem - e nossa diva Fernanda Montenegro como sua mãe. A direção de arte e os figurinos são primorosos, e retratam com requinte um período que engloba o final do século XIX e o começo do século XX. A maquiagem e o processo de envelhecimento dos personagens também são bons, com algumas exceções. Ainda assim, na telona, O Amor no Tempo do Cólera não possui a mesma força dramática da obra original. Por quê? Difícil explicar, já que a produção é bastante cuidadosa e não apresenta nenhuma grande falha. Talvez algumas coisas simplesmente fiquem melhor no papel do que na tela. Pode ser que a explicação seja simples assim.
O Amor no Tempo do Cólera (Love in the Time of Cholera), de Mike Newell, UK, 2007. 138’ (LP)
Mostra Panorama
Nota: 6,5
Adaptações são sempre problemáticas, ainda mais quando se trata de um romance tão consagrado como este. E justiça seja feita: Mike Newell realizou uma transposição competente, mantendo-se bastante fiel ao espírito do livro. O roteiro é bem estruturado e só peca por soar um pouco literário demais em algumas falas, mas nada que comprometa seriamente o trabalho geral. O elenco também é bom, com destaque para o intenso Javier Bardem – e sua incrível capacidade de conferir veracidade a qualquer personagem - e nossa diva Fernanda Montenegro como sua mãe. A direção de arte e os figurinos são primorosos, e retratam com requinte um período que engloba o final do século XIX e o começo do século XX. A maquiagem e o processo de envelhecimento dos personagens também são bons, com algumas exceções. Ainda assim, na telona, O Amor no Tempo do Cólera não possui a mesma força dramática da obra original. Por quê? Difícil explicar, já que a produção é bastante cuidadosa e não apresenta nenhuma grande falha. Talvez algumas coisas simplesmente fiquem melhor no papel do que na tela. Pode ser que a explicação seja simples assim.
O Amor no Tempo do Cólera (Love in the Time of Cholera), de Mike Newell, UK, 2007. 138’ (LP)
Mostra Panorama
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