Outro dia desses, revendo o ótimo Volver, de Pedro Almodóvar, ficou ainda mais evidente para mim o quanto Penélope Cruz é outra em sua terra natal. Por algum motivo, a atriz espanhola não consegue interpretar em inglês. A primeira vez que vi Penélope foi numa pequena participação em Carne Trêmula; a segunda, foi novamente num filme de Almodóvar: Tudo Sobre Minha Mãe. Desta vez com maior destaque, me pareceu uma boa atriz. Mas aí a moça migrou para Hollywood, virou símbolo sexual, namorou Tom Cruise e mandou a carreira para o ralo.
Dava pena de ver suas tentativas de virar estrela internacional naufragarem espetacularmente. Porque ela realmente se esforçava! Mas mesmo quando escolhia roteiros razoáveis, como Vanilla Sky, sua interpretação era artificial e forçada. E o que dizer de produções como O Capitão Corelli, Sahara e Bandidas? E não nos esqueçamos da sua maior trapalhada: o inacreditável Sabor da Paixão, onde interpretava uma cozinheira baiana (!) que vira sucesso na TV americana com suas receitas tropicais e ainda vive um romance estranhíssimo com o Murilo Benício atacando de malandro do Pelourinho.
Foi então que, a exemplo do título do filme, Penélope resolveu volver às suas origens. De volta à Espanha e sendo dirigida pelo cineasta que a havia descoberto, a atriz dá um verdadeiro show de interpretação em Volver. Com uma caracterização mais madura e realista, renasce para o espectador uma nova Penélope Cruz. Mais forte, mais intensa e bem mais bonita do que a Barbie na qual estava se transformando. Inesquecível a cena em que a atriz canta o bolerão que dá título ao filme. A grande ironia nisso tudo é o fato desse retorno à Espanha ter lhe proporcionado o que certamente não conseguiria se tivesse insistido apenas numa carreira americana: uma indicação ao Oscar.
Penélope já rodou cinco filmes depois de Volver. Sonhando Acordado (The Good Night, que já chegou aqui em DVD), Manolete (produção espanhola) e Elegy (filme americano da espanhola Isabel Coixet) já estão finalizados. Vicky Cristina Barcelona (novo do Woody Allen, filmado na Espanha) e Nine (aparentemente, uma continuação do 8 ½ do Fellini) encontram-se em pós-produção. Agora, é aguardar para conferir. Mas, pela diversidade de seus novos trabalhos, parece que agora ela finalmente entendeu que o estrelato é conseqüência do bom trabalho e não a razão dele.
Ficha de Volver no Adoro Cinema
Dava pena de ver suas tentativas de virar estrela internacional naufragarem espetacularmente. Porque ela realmente se esforçava! Mas mesmo quando escolhia roteiros razoáveis, como Vanilla Sky, sua interpretação era artificial e forçada. E o que dizer de produções como O Capitão Corelli, Sahara e Bandidas? E não nos esqueçamos da sua maior trapalhada: o inacreditável Sabor da Paixão, onde interpretava uma cozinheira baiana (!) que vira sucesso na TV americana com suas receitas tropicais e ainda vive um romance estranhíssimo com o Murilo Benício atacando de malandro do Pelourinho.
Foi então que, a exemplo do título do filme, Penélope resolveu volver às suas origens. De volta à Espanha e sendo dirigida pelo cineasta que a havia descoberto, a atriz dá um verdadeiro show de interpretação em Volver. Com uma caracterização mais madura e realista, renasce para o espectador uma nova Penélope Cruz. Mais forte, mais intensa e bem mais bonita do que a Barbie na qual estava se transformando. Inesquecível a cena em que a atriz canta o bolerão que dá título ao filme. A grande ironia nisso tudo é o fato desse retorno à Espanha ter lhe proporcionado o que certamente não conseguiria se tivesse insistido apenas numa carreira americana: uma indicação ao Oscar.
Penélope já rodou cinco filmes depois de Volver. Sonhando Acordado (The Good Night, que já chegou aqui em DVD), Manolete (produção espanhola) e Elegy (filme americano da espanhola Isabel Coixet) já estão finalizados. Vicky Cristina Barcelona (novo do Woody Allen, filmado na Espanha) e Nine (aparentemente, uma continuação do 8 ½ do Fellini) encontram-se em pós-produção. Agora, é aguardar para conferir. Mas, pela diversidade de seus novos trabalhos, parece que agora ela finalmente entendeu que o estrelato é conseqüência do bom trabalho e não a razão dele.
Ficha de Volver no Adoro Cinema
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