26 de nov. de 2007

Deu a Louca na Cinderela

A máxima “nada se cria, tudo se copia” é surrada, mas novamente pode ser usada neste filme. A idéia de brincar com os personagens tradicionais dos contos de fadas é boa, mas está longe de ser nova - é só lembrar da trilogia Shrek. Porém isto não é suficiente para tornar Deu a Louca na Cinderela em um filme ruim, até porque nos dias atuais é raríssimo assistir a algo, na TV ou no cinema, que não tenha referência a algo já feito. O problema do filme é que ele muda os conceitos dos personagens para incluí-los numa nova história que nada mais é do que também um conto de fadas, nos mesmos moldes daqueles que são “criticados”. Ou seja, muda para tornar-se igual. A sensação de mais do mesmo é inevitável.

Apesar disto o início é bacana, com a brincadeira em torno da apresentação da madrasta de Cinderela. Há algumas citações sarcásticas que até divertem, mas que rareiam à medida que a história prossegue. A própria transformação do príncipe numa espécie de Johnny Bravo afetado chama a atenção de início, mas cansa. Além disto os personagens coadjuvantes são bastante infantilizados, o que se por um lado atende ao público-alvo do filme também os torna bastante simplórios para quem ao menos já tenha chegado à adolescência.

E aos incautos um aviso: este filme nada tem a ver com Deu a Louca na Chapeuzinho, lançado nos cinemas no ano passado e bastante superior. Trata-se apenas de uma tentativa da distribuidora de aproveitar o sucesso do filme para emplacar outro com título parecido, sem que haja qualquer conexão entre eles.

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