16 de nov. de 2007

Meu Melhor Amigo

O protagonista é François Coste, um competitivo e egoísta marchand. Durante seu jantar de aniversário Catherine, sua sócia, lhe diz que ele não possui nenhum amigo, no que é apoiada pelos demais. François não concorda, o que faz com que Catherine lhe lance um desafio: ele tem dez dias para apresentar ao grupo um grande amigo, senão terá que lhe dar o caríssimo vaso grego que acabou de arrematar num leilão.

O personagem de Daniel Auteil é pintado como alguém intragável. Nem tanto. Tá certo que o sujeito é bastante anti-social, mas também não chega a ser uma versão de carne e osso do Sr. Burns (o patrão de Homer Simpson, esse sim um tremendo vilão). O que incomoda em Meu Melhor Amigo é justamente que as situações não fluem com naturalidade: é como se, uma vez escrito o argumento, ninguém se preocupasse em como fazer o personagem chegar lá porque já estava estabelecido que ele é um cara insuportável e que seria desafiado a conseguir um amigo. Soa absurdo o sujeito chegar para a comemoração de seu aniversário e ser atacado tão sem piedade do jeito que ocorre no longa. Se todos o detestavam tanto, bastava não dividir a mesa com ele.

E é assim que o filme caminha, muito carente de sutilezas. As mudanças são bruscas demais. A melhor seqüência, sem dúvida, é aquela em que o personagem de Dany Boon participa de um quiz show parecidíssimo com o Show do Milhão. E, diga-se de passagem, o fato ocorre devido a uma pista bem plantada do roteiro. Mas esse trecho não chega a levantar a bola do filme, porque o desfecho joga tudo no lugar-comum de novo. O resultado final é apenas mediano.

Ficha de Meu Melhor Amigo no Adoro Cinema

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