Um filme B com muito dinheiro. Assim é A Lenda de Beowulf, que impressiona pelo apuro técnico de sua animação mas que decepciona muito pela pobreza de seu roteiro.
Na verdade nem há muito o que contar. O roteiro é baseado em um poema épico de autor desconhecido, que trata da batalha de um herói contra um monstro e sua mãe, que seduz quem a enfrenta. Se fosse apenas se ater a isso talvez o filme tivesse uns 40, 50 minutos apenas. Para completar sua duração são incluídas inúmeras piadas de cunho sexual, algumas constrangedoras, além da velha situação do personagem nu em que algum objeto ou situação esconde partes de seu corpo. Sim, porque Beowulf decide lutar contra Grendel inteiramente nu. A justificativa? “O monstro não tem armas, então também lutarei sem”. O que inclui armadura e roupas, é claro, nada mais lógico.
É tudo um meio para esconder que o filme pouco tem a dizer. E com isso são várias as cenas de ação, envolvendo até mesmo “histórias de pescador” de Beowulf, todas com o objetivo maior de ocupar espaço de forma que a história possa render um longa-metragem. Só que nenhuma destas cenas é realmente boa. Há uma qualidade técnica na animação que chama bastante a atenção, mas apenas por este lado. As cenas de ação não empolgam, são frias demais. Além disto os personagens são vazios, formados em grande parte por frases de efeito ou de duplo sentido, o que acaba tornando-os artificiais e, em certos casos, exagerados. Há um tom declamatório em algumas cenas que chega a ser irritante.
Por outro lado o filme tem méritos na animação dos atores. A Lenda de Beowulf utiliza o método da captura de movimentos, em que os atores atuam diante de uma tela verde e sua atuação é “transportada” para seu personagem em cena, que pode ter qualquer formato. Não é algo novo, o próprio Robert Zemeckis o utilizou em O Expresso Polar. A atuação em si não é nada de mais, mas a animação do rosto dos personagens em certos casos impressiona por possibilitar que se reconheça o ator em cena. É o que acontece com Anthony Hopkins, Alison Lohman e, principalmente, John Malkovich.
A Lenda de Beowulf é um filme ruim, que merece créditos apenas por seu lado técnico. Está mais do que na hora de Robert Zemeckis retornar aos filmes com atores, onde seu desempenho como diretor é bem superior.
Ficha de A Lenda de Beowulf no Adoro Cinema
Na verdade nem há muito o que contar. O roteiro é baseado em um poema épico de autor desconhecido, que trata da batalha de um herói contra um monstro e sua mãe, que seduz quem a enfrenta. Se fosse apenas se ater a isso talvez o filme tivesse uns 40, 50 minutos apenas. Para completar sua duração são incluídas inúmeras piadas de cunho sexual, algumas constrangedoras, além da velha situação do personagem nu em que algum objeto ou situação esconde partes de seu corpo. Sim, porque Beowulf decide lutar contra Grendel inteiramente nu. A justificativa? “O monstro não tem armas, então também lutarei sem”. O que inclui armadura e roupas, é claro, nada mais lógico.
É tudo um meio para esconder que o filme pouco tem a dizer. E com isso são várias as cenas de ação, envolvendo até mesmo “histórias de pescador” de Beowulf, todas com o objetivo maior de ocupar espaço de forma que a história possa render um longa-metragem. Só que nenhuma destas cenas é realmente boa. Há uma qualidade técnica na animação que chama bastante a atenção, mas apenas por este lado. As cenas de ação não empolgam, são frias demais. Além disto os personagens são vazios, formados em grande parte por frases de efeito ou de duplo sentido, o que acaba tornando-os artificiais e, em certos casos, exagerados. Há um tom declamatório em algumas cenas que chega a ser irritante.
Por outro lado o filme tem méritos na animação dos atores. A Lenda de Beowulf utiliza o método da captura de movimentos, em que os atores atuam diante de uma tela verde e sua atuação é “transportada” para seu personagem em cena, que pode ter qualquer formato. Não é algo novo, o próprio Robert Zemeckis o utilizou em O Expresso Polar. A atuação em si não é nada de mais, mas a animação do rosto dos personagens em certos casos impressiona por possibilitar que se reconheça o ator em cena. É o que acontece com Anthony Hopkins, Alison Lohman e, principalmente, John Malkovich.
A Lenda de Beowulf é um filme ruim, que merece créditos apenas por seu lado técnico. Está mais do que na hora de Robert Zemeckis retornar aos filmes com atores, onde seu desempenho como diretor é bem superior.
Ficha de A Lenda de Beowulf no Adoro Cinema
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