Tem sido tão frequente o uso de animais falantes nos longa-metragens de animação, e tantos têm sido os lançamentos deste tipo, que os novos filmes precisam ter algum diferencial que os tire do lugar comum. Bee Movie até tenta em alguns momentos, mas fica nítido que a necessidade de ser um blockbuster impede que seja mais ousado. E este é o grande problema do filme.
Jerry Seinfeld é endeusado pela finada série “Seinfeld”, exibida entre 1990 e 1998. Era a famosa série sobre nada, com piadas sobre situações de cotidiano e nonsense, obviamente voltada para o público adulto. De um filme de animação que tem como maior destaque a participação de Seinfeld, não apenas como dublador mas também em sua elaboração, se espera um foco justamente no público que o consagrou. E Bee Movie não é assim, ao menos em sua maior parte. Trata-se de um filme com um foco claramente infantil, com algumas poucas - e hilárias - situações adultas.
Um exemplo são as participações especiais, como de Sting, Ray Liotta e Larry King. Todas rendem piadas que dificilmente as crianças entenderão - algumas até exigem certo conhecimento sobre os citados. Mas são pílulas, que surgem aqui e ali apenas. Como um todo o filme busca a criança, com tudo muito colorido, uma colméia similar à vida humana, abelhas que se vestem, exageros nas atitudes humanas… tudo para facilitar a imediata compreensão pelo público infantil. Afinal de contas, é este o motivo do uso de animais falantes: remeter aos animais de estimação e dar asas ao sonho infantil de que é possível conversar com eles. Tudo bem, não se trata de uma reclamação, é algo perfeitamente compreensível. Mas tornar a colméia como uma miniatura adaptada de uma cidade humana, sem que haja justificativa para tanto, é abusar do clichê do gênero. Ou alguém consegue justificar o porquê da colméia ter carros se as abelhas voam?
Bee Movie não é um filme ruim. Há nele momentos divertidíssimos e seu foco infantil não chega a cansar, apesar de incomodar em certas situações. Há até um lado instrutivo, algo que costuma andar longe de filmes hollywoodianos. Mas fica no meio termo entre um filme adulto e um infantil, que o prejudica. Algo que também aconteceu com o recente Tá Dando Onda, só que com o efeito inverso: Bee Movie é mais infantil, enquanto que Tá Dando Onda mais adulto.
Ficha de Bee Movie - A História de uma Abelha no Adoro Cinema
Jerry Seinfeld é endeusado pela finada série “Seinfeld”, exibida entre 1990 e 1998. Era a famosa série sobre nada, com piadas sobre situações de cotidiano e nonsense, obviamente voltada para o público adulto. De um filme de animação que tem como maior destaque a participação de Seinfeld, não apenas como dublador mas também em sua elaboração, se espera um foco justamente no público que o consagrou. E Bee Movie não é assim, ao menos em sua maior parte. Trata-se de um filme com um foco claramente infantil, com algumas poucas - e hilárias - situações adultas.
Um exemplo são as participações especiais, como de Sting, Ray Liotta e Larry King. Todas rendem piadas que dificilmente as crianças entenderão - algumas até exigem certo conhecimento sobre os citados. Mas são pílulas, que surgem aqui e ali apenas. Como um todo o filme busca a criança, com tudo muito colorido, uma colméia similar à vida humana, abelhas que se vestem, exageros nas atitudes humanas… tudo para facilitar a imediata compreensão pelo público infantil. Afinal de contas, é este o motivo do uso de animais falantes: remeter aos animais de estimação e dar asas ao sonho infantil de que é possível conversar com eles. Tudo bem, não se trata de uma reclamação, é algo perfeitamente compreensível. Mas tornar a colméia como uma miniatura adaptada de uma cidade humana, sem que haja justificativa para tanto, é abusar do clichê do gênero. Ou alguém consegue justificar o porquê da colméia ter carros se as abelhas voam?
Bee Movie não é um filme ruim. Há nele momentos divertidíssimos e seu foco infantil não chega a cansar, apesar de incomodar em certas situações. Há até um lado instrutivo, algo que costuma andar longe de filmes hollywoodianos. Mas fica no meio termo entre um filme adulto e um infantil, que o prejudica. Algo que também aconteceu com o recente Tá Dando Onda, só que com o efeito inverso: Bee Movie é mais infantil, enquanto que Tá Dando Onda mais adulto.
Ficha de Bee Movie - A História de uma Abelha no Adoro Cinema
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