American Gangster, título original de O Gângster, é significativo. Porque na Nova Iorque dos anos 70 ser gângster, ou seja, estar no topo de uma estrutura criminosa organizada, significava necessariamente ser italiano. E o diferencial deste filme para outros similares é justamente mostrar a ousadia da história real de Frank Lucas e sua incrível ascensão, de faz-tudo de um bandido de segundo escalão do Harlem a barão da heroína número um. Mérito tanto da esperteza de Lucas quanto da cegueira de seus perseguidores, que não conseguiam conceber que um negro do Harlem pudesse ter montado um esquema criminoso que superava em muito o modo como as famílias italianas vinham operando. Isso fica bem exemplificado pela reação do chefe do policial Richie quando ele lhe conta sobre Lucas e a heroína puríssima que ele trazia direto do Vietnã: “um negro não conseguiria o que os italianos não conseguiram em cem anos”.
Neste novo trabalho de Ridley Scott, Denzel Washington brilha no papel do bandido que ampliou o significado do termo gângster. Alternando a fina estampa e os modos educados com a selvageria necessária ao negócio, Denzel esbanja o seu habitual carisma em cada um dos aspectos da multifacetada personalidade do primeiro gângster genuinamente americano. Russell Crowe, que interpreta o policial honesto que o persegue incansavelmente ao longo do filme, parece pouco à vontade no papel de mocinho.
Tendo uma boa trama e um cineasta experiente e talentoso como Scott na direção, já era de se esperar que o resultado fosse um bom filme. Ainda assim, apesar de todos os seus pontos positivos, O Gângster acaba sendo mais um longa sobre o assunto. E não traz nada de tão novo assim ao gênero, mesmo com todas as particularidades da biografia de Frank Lucas. Claro que é um filme bem-feito e que agrada ao espectador, mas a impressão que tenho é a de que, daqui a um tempo, não reterei muito dele na memória.
E por último, mas não menos importante, agora que vi o filme posso dizer: a premiação do sindicato dos atores para Ruby Dee como melhor atriz coadjuvante é absurda. Cheira a protecionismo, homenagem, ou seja qual for o nome que se dá a isso. A atriz não é, nem de longe, páreo para Cate Blanchett. Vamos torcer para que o oba-oba não se repita no Oscar.
Neste novo trabalho de Ridley Scott, Denzel Washington brilha no papel do bandido que ampliou o significado do termo gângster. Alternando a fina estampa e os modos educados com a selvageria necessária ao negócio, Denzel esbanja o seu habitual carisma em cada um dos aspectos da multifacetada personalidade do primeiro gângster genuinamente americano. Russell Crowe, que interpreta o policial honesto que o persegue incansavelmente ao longo do filme, parece pouco à vontade no papel de mocinho.
Tendo uma boa trama e um cineasta experiente e talentoso como Scott na direção, já era de se esperar que o resultado fosse um bom filme. Ainda assim, apesar de todos os seus pontos positivos, O Gângster acaba sendo mais um longa sobre o assunto. E não traz nada de tão novo assim ao gênero, mesmo com todas as particularidades da biografia de Frank Lucas. Claro que é um filme bem-feito e que agrada ao espectador, mas a impressão que tenho é a de que, daqui a um tempo, não reterei muito dele na memória.
E por último, mas não menos importante, agora que vi o filme posso dizer: a premiação do sindicato dos atores para Ruby Dee como melhor atriz coadjuvante é absurda. Cheira a protecionismo, homenagem, ou seja qual for o nome que se dá a isso. A atriz não é, nem de longe, páreo para Cate Blanchett. Vamos torcer para que o oba-oba não se repita no Oscar.
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