17 de jul. de 2008

Uma Garota Dividida em Dois

Gabrielle Deneige é a “garota do tempo” de um telejornal. Um dia o consagrado, recluso e casado escritor Charles Saint-Denis vai ao estúdio para gravar uma entrevista, onde eles se conhecem. Logo estão tendo um caso. Ao mesmo tempo Gabrielle é assediada por Paul Gaudens, o mimado herdeiro de um famoso laboratório.


Ludivine Sagnier não é má atriz, mas ultimamente tem se repetido nos filmes. Aqui ela mais uma vez faz uma jovem belíssima, que deixa todos os homens à sua volta de queixo caído, mas sua personagem não vai muito além disto. Em certos momentos parece até um bibelô, algo que está lá apenas para enfeitar. Não que seja desagradável vê-la em cena, longe disto, mas sempre espera-se um pouco mais de quem pode dar este retorno. Neste Uma Garota Dividida em Dois ela está bem apática.

O filme recria a proposta do triângulo amoroso, com a personagem de Sagnier como elo central: apaixonada por um escritor que apenas a vê como mais um caso e assediada por um playboy mimado que a quer de qualquer jeito. De início o filme tem um tom cômico, principalmente pelos trejeitos e caprichos de Paul Gaudens - Benoît Magimel, o melhor em cena -, mas aos poucos migra para o drama e termina como um policial. A última mudança é bastante brusca, fazendo com que o filme mude o foco para um escândalo que é tratado de forma bem conservadora - nada é mostrado e muito pouco é até mesmo dito. Para completar há uma analogia barata relacionada ao título em seu desfecho, que é péssimo.


Uma Garota Dividida em Dois é daqueles filmes que até começam bem, com elementos interessantes, mas que perde força à medida que a trama se desenvolve. Apenas mediano.

Nota: 5,5

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4 comentários:

Hélio Jorge Cordeiro disse...

Pois é, eu assisti e fiquei divido em dois, também: gostei e não gostei.

ah, a propósito, estou no http://cubacheiro.blogspot.com a sua disposição.

Unknown disse...

Então, ontem eu vi o filme e fiquei numa dúvida, acho até que esta questão ficou no ar: que ligação era aquela do escritor com o playboy? Pq o playboy tinha tanta raiva dele ( mesmo antes de saber do envolvimento do escritor com a bonequinha? ). Será que o playboy também foi amante do escritor? Sei lá, acho que isso ficou no ar. E se na minha dúvida eu estiver certa, com certeza o filme fica melhor ainda....Alguém saberia me dizer? Abraços, Nivea

Anônimo disse...

Francisco,

Não concordo com nada que escreveu. Uma Garota Dividida em Dois é mais um charmoso longa de Chabrol em que ele destila fina ironia sobre a burguesia. As entrelinhas nos diálogos são excelentes, bem como a interpretação de todo elenco. Magimel constroi um personagem fascinante.
Um abraço.

Hélio Jorge Cordeiro disse...

Francisco, espero que você faça um review do "Escafandro e a Borboleta".

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