Já tem gente que acha que as boas histórias acabaram. E que Hollywood só sabe mesmo (ou só quer) refazer o que já foi feito. Pode ser. Mas ainda existem idéias boas no cinema. O problema maior é o roteiro. Porque se ele não é bem feito, a história se perde.
Alma Perdida, de certa forma, foi por esse caminho. A trama não chega a ser fraca. Tem alguns elementos que, se bem trabalhados, poderiam até gerar bons sustos e tensão, já que a proposta do gênero é essa. Mas misturaram tanta coisa no caldeirão como cabala, Auschwitz e um tal espírito do mal chamado Dybbuc, que o resultado foi um filme que dá medo. De tão ruinzinho que ficou. Importaram até Mengele e suas experiências com a raça ariana para justificar a cor azul cintilante dos olhos dos personagens.
A história começa com uma cena bonita: uma pessoa correndo numa estrada nevada e filmada do alto. Algo assim “meio Google Earth”. Corta para um plano normal e você vê Casey, a protagonista da história, interpretada por Odette Yustman (CloverField - Monstro), levar um susto inicial, envolvendo a visão de um garoto sinistro. É o fio da trama. Na seqüência, mais visões como a de sua mãe falecida (Carla Gugino), surgem para assustá-la. Casey passa a viver um pesadelo quando dorme e também acordada. Corajosa, acaba descobrindo através de seu pai que ela seria gêmea. O roteiro plantou um pai (James Remar) só para isso e sumir com ele no resto do filme. Ele não se preocupa com o que acontece com a filha? Coitada. Era melhor ser totalmente órfã.
O desafio de filmes de horror é não ser previsível. Cenas de espelhos estão tão manjadas como as luzes que insistem em apagar naquelas horas. Parece arranjo do “coisa ruim” com a distribuidora de luz local. Alma Perdida até consegue um susto aqui e outro ali, mas nada que impressione de verdade. Destaque para a cena em que ela se vê deitada na cama e também para o corpo invertido se deslocando pela casa. Causa impacto e não é efeito especial. Foi feita por um contorcionista.
A trilha sonora tem música do Prodigy e segue um padrão. As criaturas que aparecem durante o filme são feiosas, coisa e tal, mas definitivamente não é o feio que assusta. Um belo envolvimento é o que apavora. E o cinema está cheio de exemplos como Os Outros, O Sexto Sentido e uma produção sem muita grana como Espíritos – A Morte Está ao Seu Lado. Assista e se assuste. História e roteiro. A união que faz a força. No caso, o medo.
O diretor e roteirista de Alma Perdida, David S. Goyer, tem em seu currículo filmes bons como Blade, Batman Begins e até o recente sucesso Batman - O Cavaleiro das Trevas. Ou seja, experiência não falta. Mas o que assustou mesmo foi ver Gary Oldman (Drácula de Bram Stoker) num triste papel de padre exorcista e tradutor relâmpago de livros místicos. Portanto, se não tiver melhor coisa para fazer, arrisque. Mas se existir outra opção, não hesite: vade retro!
O desafio de filmes de horror é não ser previsível. Cenas de espelhos estão tão manjadas como as luzes que insistem em apagar naquelas horas. Parece arranjo do “coisa ruim” com a distribuidora de luz local. Alma Perdida até consegue um susto aqui e outro ali, mas nada que impressione de verdade. Destaque para a cena em que ela se vê deitada na cama e também para o corpo invertido se deslocando pela casa. Causa impacto e não é efeito especial. Foi feita por um contorcionista.
A trilha sonora tem música do Prodigy e segue um padrão. As criaturas que aparecem durante o filme são feiosas, coisa e tal, mas definitivamente não é o feio que assusta. Um belo envolvimento é o que apavora. E o cinema está cheio de exemplos como Os Outros, O Sexto Sentido e uma produção sem muita grana como Espíritos – A Morte Está ao Seu Lado. Assista e se assuste. História e roteiro. A união que faz a força. No caso, o medo.
O diretor e roteirista de Alma Perdida, David S. Goyer, tem em seu currículo filmes bons como Blade, Batman Begins e até o recente sucesso Batman - O Cavaleiro das Trevas. Ou seja, experiência não falta. Mas o que assustou mesmo foi ver Gary Oldman (Drácula de Bram Stoker) num triste papel de padre exorcista e tradutor relâmpago de livros místicos. Portanto, se não tiver melhor coisa para fazer, arrisque. Mas se existir outra opção, não hesite: vade retro!
3 comentários:
olá!!
Eu assiti o filme, achei um saco: uma mistura de O chamado, O grito e espíritos 2 kkkkk
Esperava mais
Esperava muuuuuito mais do filme, um bom trabalho de comercialização mas um fraco trabalho de produção. Vamos ver quando continua a sequela do Saw!
Olá Marta e Kadinha, O filme é fraquinho mesmo. E o poster, apesar de não muito criativo é bonito e vendeu bem a imagem de uma produção que rendesse alguns sustos. Mas, como disse em meu texto, fiquei mais assustado com a presença e atuação do excelente Gary Oldman como padreco exorcista. Triste escolha. Deve ser para pagar as contas, etc.
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